quarta-feira, 9 de abril de 2008

Chefe da tribo

Estava relembrando alguns temas antigos sobre terceiro setor e encontrei uma semelhança bacana com o mundo dos cães.

Um tempo atrás fiz alguns trabalhos nessa área e havia um especificamente que me interessava muito. A comunidade indígena. Misticismos e mancadas históricas à parte, este é um povo que respeita e muito a experiência e postura de seus líderes. Chega ao ponto de fanatismo. De maneira geral, são seguidores fiéis dos comandos vindos dos chefes, seus líderes.

Pensei um pouco sobre isso e me veio claramente o paralelo com o mundo dos cães. Para esses pequenos peludos (às vezes não tão pequenos assim, rs) o mundo funciona da mesma forma. Um grupo deve ser unido. O chefe deve ser coerente, estável e mostrar experiência para garantir a sobrevivência de todos. É claro isso na postura do líder da matilha. E assim como em uma tribo, um chefe sem esses atributos deve ser substituído por alguém com maior capacidade de garantir o bem-estar geral.

Percebam isso. É um jogo simples. Vida ou morte. Em épocas de escassez de recursos há a necessidade de uma liderança firme, autoritária. Havendo abundância de recursos, existe a necessidade de uma liderança mais flexível, porém com o mesmo grau de coerência e estabilidade. Temos muito que aprender com os "selvagens".

Colocando isso em nosso dia-a-dia. Na nossa convivência "harmoniosa" com os cães.

Vivemos um momento em que os recursos são abundantes. Comida todos os dias, abrigo, ausência de perigos constantes, entre tantas outras "facilidades". Aqui entra em cena a necessidade de uma liderança flexível e ponderada, mas coerente e estável.

Para que? Para se ter respeito! Sem respeito não há GRUPO.

Para isso é preciso um líder que entenda as necessidades reais do grupo. Um indivíduo que foque a união do grupo. Que saiba como manter a saúde mental.

É ele quem comanda o grupo. Que mantém as regras. Que autoriza as atividades e põe fim quando necessário. Que coloca a cara a bater quando preciso. Que dá uma bronca quando um integrante sai da linha, mas que saiba acolher quando este precisar. Que mostre autoridade, sem nunca ser autoritário. Que saiba dimensionar uma correção.

Coerência e estabilidade. Bonito na teoria, difícil na prática. Aqui entra a experiência. Estudar, praticar e exercitar todos os dias. Afinal de contas não nascemos sabendo. Aprendemos!

Lembre-se disso. Ninguém nasce líder, aprende a ser. Você pode, você consegue! Basta querer aprender.

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