segunda-feira, 16 de julho de 2012

Animais e condomínio


Este é um assunto que causa grande preocupação para os donos de animais, especialmente cães.

Existem normas internas nos condomínios, decididas em assembléia e aprovadas pelos condôminos que devem ser seguidas com a finalidade única e exclusiva de uma boa convivência entre os moradores. Porém, têm ocorrido alguns abusos por parte de condomínios e condôminos, o que causam algumas situações chatas.

Por um lado condôminos que lutam por seu direito de ter um animal de estimação. Do outro lado condomínios que defendem a aplicação das normas estabelecidas. Até aí nada de mais. Os problemas começam quando se ultrapassa os limites do razoável. Condomínios impondo multas e limitações inapropriadas. As proibições mais comuns são com relação ao porte e acessos dos cães.

Eu defendo a convivência em harmonia. Independente da raça, porte e temperamento do cachorrinho. O mais importante é a compatibilidade entre ele e seu dono. Desde que haja a possibilidade de oferecer o necessário para o seu cão permanecer equilibrado, não há motivo para deixar de ter um cachorro em apartamento. E quando falo o necessário, me refiro às dinâmicas de gasto de energia física e mental, fundamentais para o bem estar da casa.

O direito de ter um animal de estimação é garantido pela lei!

Fiz um levantamento de informações e consultei alguns advogados sobre essa questão. A seguir estão os principais pontos.

A Constituição Federal e o Código Civil garantem ao indivíduo o direito de desfrutar livremente de sua unidade condominial e áreas comuns desde que não represente ameaça a segurança, ao sossego e à saúde dos demais condôminos.

Na cidade de São Paulo a base legal é a Lei Municipal n.º 13.131/2001 e seu Decreto Regulamentador n.º 41.685/2002 que disciplina a criação, propriedade, posse, guarda, uso e transporte de cães e gatos.

Existem muitos casos em que multas são aplicadas com a desculpa de constarem em normas pré-estabelecidas, mas ferem o direito maior do cidadão. Ferem a Constituição!

É importante esclarecer que o melhor é uma boa conversa para resolver de forma razoável a situação. Participar das assembléias é fundamental para defender o direito de ter um animal de estimação. Caso haja insistência nas proibições exageradas recomendo buscar a orientação de um advogado.

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Sobre cães e carros

Nos últimos dias muitas pessoas têm me perguntado sobre a questão das leis de trânsito e animais de estimação.

Bom, o código de trânsito brasileiro tem dois artigos que tratam do transporte de animais. São eles:

Art. 252. Dirigir o veículo:
II - transportando pessoas, animais ou volume à sua esquerda ou entre os braços e pernas;
Infração - média;
Penalidade - multa


Art. 235. Conduzir pessoas, animais ou carga nas partes externas do veículo, salvo nos casos devidamente autorizados:
Infração - grave;
Penalidade - multa;
Medida administrativa - retenção do veículo para transbordo.

Por questão de segurança é importante transportar os seus bichinhos de forma adequada, em caixas de transporte ou cintos de segurança específicos, encontrados em lojas para animais de estimação.

São muitos os exemplos de incidentes e também acidentes, desde pequenos sustos por desatenção até colisões ou ocorrências mais sérias envolvendo vítimas. De qualquer forma a prudência é sempre a melhor opção.

Respeito é fundamental. Viver assim com seu bichinho é mais legal! 

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Adoção de cães

Faz um tempo que tem ocorrido uma situação um tanto complicada com adoções de cães, a incompatibilidade. Para falar deste problema é importante abordar o assunto de um outro ponto de vista.

Cães são seres vivos que, assim como nós, carregam uma porção de experiências passadas, as quais moldam a sua maneira de ser e agir nas mais diversas situações. Quando tem uma história equilibrada, com afeto, orientação e condicionamento apropriados o cachorro lida com as situações de uma forma mais tranquila. Do contrário apresentam em suas atitudes comportamentos inadequados do ponto de vista social, o que acaba gerando muito desentendimento com seus pares e com nós, humanos. Saltitar, abanar o rabo, latir... São algumas de tantas outras maneiras que os cães têm de se comunicar. Da mesma forma um rosnado ou mordida.

Entre nós existem aqueles que são considerados agressivos, espaçosos, inconvenientes. São o fruto de experiências traumáticas passadas. Não são menos humanos por isso. Assim como nós os cães também carregam estas experiências. A reação às situações acaba sendo um resultado de tudo o que eles passaram.

A queixa mais comum é a demonstração de agressividade. E qual a diferença entre demonstrar agressividade e ser agressivo?

Em linhas gerais os cães que demonstram agressividade tem esse comportamento apenas em situações específicas, nas quais indentificam uma possível ameaça, uma agressão, e acabam apresentando comportamentos mais intensos, a fim de afastar o perigo. Cães agressivos têm uma questão um pouco mais complexa, que envolve controle exagerado das situações. Neste caso o cachorro entende que a única forma de lidar com as situações é através da agressão.

E por que deixar claro a diferença?

Cães que têm um conhecimento prévio de situações calmas e apaziguadoras podem ser tratados e ter o comportamento inadequado revertido com relativa rapidez. E na grande maioria dos casos é justamente essa a questão. É comum os relatos de cães difíceis em ambientes externos, com estranhos (humanos, caninos, felinos), mas que no ambiente da família são adoráveis.

Não é uma tarefa fácil reverter comportamentos inadequados, mas sem dúvida não é impossível! É necessário claro paciência e técnica. Mais que um bom jogo de adestramento e passeio o cachorro precisa de disciplina familiar. Educação vem de casa!

É um pouco demorado reverter comportamentos do que ensinar o certo desde o início. Fato.

O que recomendo com certeza é o preparo antes de uma adoção. Além de espaço apropriado e rotina saudável, a futura família precisa de orientação, que pode ser oferecida por um profissional. Assim como nós temos nossas regras sociais, os cães também têm. E para nos comunicarmos com eles é importante aprender essa lingua! Quando os dois lados se entendem não há conflito!

Tenha uma vida feliz com seu cachorro!


Enforcador X Coleira de treinamento

Este equipamento sofre pelo nome comercial estipulado. A função original é a simulação da mordiscada que a fêmea mãe dá nos filhotes para controlar, ensinar e acalmar a prole. Por conta disso a minha preferência pelo nome “Coleira de Treinamento”. Quando o enforcamento acontece, passamos da fase educacional para a fase punitiva, o que gera problemas muito maiores para os donos.

Antes de continuar o assunto coleira de treinamento é importante abordar o tema “objeto de obsessão”. Segundo o dicionário Aurélio, a palavra obsessão tem o significado de idéia fixa, importunação perseverante e preocupação contínua. Um objeto de obsessão é então qualquer coisa que gere desconforto e conseqüentemente foco contínuo. Objetos podem virar uma obsessão quando causam uma atenção exagerada do cachorro. Isso ocorre principalmente quando a situação de atenção é reforçada de forma positiva ou negativa. Reforçar de forma positiva é encarar o objeto como parte de uma rotina equilibrada, sem exageros! Reforçar de forma negativa é depositar tensão e desconforto nas situações em que o objeto aparece. Isso leva a uma reação desproporcional do cachorro, o que pode acarretar em inúmeros incidentes, chegando até a acidentes.

Um dos principais problemas causados pelo enforcamento é a canalização do desconforto e dor para o objeto de obsessão. O objeto aparece, causa uma reação de tensão do dono que canaliza via guia para o cachorro. Este toma a frente para defender o grupo. Aí então começam os problemas. A utilização da coleira de treinamento segue alguns princípios básicos:

1 – É um equipamento de treinamento, não de tortura;
2 – Simula a mordiscada da fêmea, que não é uma situação contínua na vida do filhote, portanto a coleira não deve ficar sob tensão constante;
3 – Existe um ponto sensível no pescoço, logo atrás das orelhas, então o posicionamento da coleira deve ser sempre ali, para facilitar o treinamento; e
4 – A idéia principal da utilização do equipamento é controlar o FOCO do cachorro, trazendo sempre para você. Lembre-se que a intenção não é criar dependência, mas sim referência. 

Tomo como exemplo prático a nossa educação para o mundo (nunca humanizando, mas apenas utilizando o exemplo humano como comparativo). Na fase inicial os bebês têm como referência os pais. São eles que ensinam ao filho os primeiros passos (literalmente). À medida que o ensino evolui, características técnicas vão sendo apresentadas à criança. No começo “segurando nas mãos”. Conduzindo o bebê nos primeiros passos para a vida adulta. Parece exagero, mas todo o nosso mundo começa ali. Alguém nos conduz, nos motiva, nos ensina. Com o tempo ganhamos habilidade e somos apresentados aos passos seguintes. Dia após dia aumentamos nossa capacidade de lidar com as situações até atingirmos, na idade adulta, a maturidade para viver e principalmente sobreviver no nosso mundo.

Os cães não conseguem atingir uma complexidade tão grande, mas podem sim se adaptar muito bem no nosso contexto. E isso acontece de forma saudável quando se tem bons orientadores. Este papel cabe à família acolhedora. Afinal de contas, educação vem de casa.

sexta-feira, 19 de março de 2010

Origem dos cães

Saiu uma reportagem no Estadão sobre a origem dos cães domésticos. A fonte é da Reuters. Vale a pena dar uma visitada!


Mike Segar/Reuters

Estudo aponta que cão domesticado surgiu no Oriente Médio
Pesquisadores analisaram DNA de cachorros e lobos para desmistificar origem asiática

Os ancestrais dos cachorros domésticos provavelmente surgiram no Oriente Médio, contrariando a hipótese de que eles eram originais do leste asiático. A conclusão teve como base um estudo genético divulgado na edição da revista Nature publicada nesta quinta-feira, 18. Leia mais...

sábado, 6 de março de 2010

Por que os cães fogem?

Basicamente existe uma razão para o cachorro permanecer junto à você ou dentro de casa. Porque é gostoso! Como assim?!

Simples. Os cães precisam apreciar a companhia ou a permanência em determinado local. E eles o fazem quando se sentem seguros. Se sentem tranquilos! E esta segurança se cria quando mostramos ao totó que ele não precisa se preocupar com as ameaças que existem. Melhor. Que ele não precisa se preocupar, pois não há ameaças que você, dono, não possa lidar.

Quando eles fogem de nós eles estão simplesmente exercitando seus instintos de cachorro. Saem em disparada para reconhecer o ambiente, demarcar, outras só para caminhar, às vezes para gastar energia, em algumas até para fugir de maus tratos. Fato é que eles não se sentem confortáveis com a situação de obedecer. De permanecer sob seus cuidados ou olhos. E a razão? Falta de clareza na relação. Como assim?
Tratar o cachorro como cachorro é respeitar sua natureza, sua essência. Quando fazemos isso de forma clara, com postura, com gentileza, eles percebem que podemos de forma equilibrada proporcionar toda segurança e bem estar que eles precisam.

Claro que não nascemos sabendo fazer isso. Assim como não nascemos sabendo andar, falar, dirigir bicicleta, carro... Aprendemos. Hora uma pessoa próxima nos auxilia, hora buscamos ajuda de profissionais para nos ensinar.

E garanto. A partir do momento que você, dono, conseguir tratar seu cãozinho como tal as fugas tão recorrentes irão cessar. Por respeito a você e por seu respeito com ele!

Tente! Mude! E tudo dará certo!

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

No calor do verão



Tem feito muito calor nesta temporada. Bem recebido para os veranistas de plantão, um tanto atípico, segundo especialistas. Mas o quanto isso reflete em nós e nossos cães? Tudo! Sabem aquelas recomendações que são insistentemente informadas? Pois bem. É melhor seguí-las:

- Evite exercícios entre as 10 e 16 horas, por se tratar de um horário muito quente;
- Cuidados com as superfícies expostas ao sol, pois podem queimar a planta dos pés;
- Beber muito líquido. Altas temperaturas e a humidade típicas do verão favorecem a desidratação;
- Procurar utilizar protetor solar;
- Cuidados com os olhos.

O mínimo para passar as férias tranquílas!

Boa viagem e bons passeios!

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

2010

Olá, amigos e amigas!

Depois de um ano sem postagens retorno aqui para contar as experiências e novidades do maravilhoso mundo dos animais de companhia. 2009 foi um ano de grandes descobertas. 2010 será muito melhor!

Nesse recomeço deixo um recado que estará sempre presente: Nunca deixe de acreditar!

Grande abraço a todos e muitas alegrias!

sábado, 27 de dezembro de 2008

Mais um ano vai, outro ano vem!

Mais um ano terminando cheio de realizações! As festas chegando e muita alegria no ar.

Esse é o período mais gostoso do ano, quando deixamos para trás os erros e batalhamos pela superação. Os novos acontecimentos do ano que se aproxima nos enchem de esperança.

Eu desejo a todos uma grande virada cheia de energia positiva! E em 2009 muita paz, saúde e equilíbrio!

Abraços!

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Castração

Ví esse artigo no site do Clube das Pulgas e achei bem interessante. O enfoque é bem dentro do que acredito ser o ideal para uma convivência harmoniosa com seu cão ou gato!

Segue...


Artigo: CASTRAR SIM ... e quanto antes melhor!

Artigo publicado na Revista “Cães & Cia” nº 260, de janeiro de 2001

Dr.ª Silvia Crusco, veterinária especializada em castração e Claudia Pizzolatto, treinadora especializada em comportamento canino.

Quem convive com cães sabe. De repente, lá pelos 8 meses de idade, o filhotinho brincalhão começa a ficar adulto. Ou seja, a ter atitudes como ser possessivo; brigar com cães sem ser por brincadeira; encarar postes, pés de mesas e outros objetos como pontos do território a serem demarcados com urina; montar em cães, pessoas da casa ou visitas sem a menor cerimônia, entre outras artes. Na fêmea, de repente, aparece o sangramento do cio e suas conseqüências, como sangue no tapete e a presença dos cães da vizinhança na porta de casa.

O início da puberdade - que nada mais é do que o começo da produção dos hormônios sexuais - significa mudanças para sempre no organismo e no comportamento do cão, que podem ser o ponto de partida para problemas de relacionamento com o dono e o desenvolvimento de maus hábitos. Por esse motivo, cada vez mais os comportamentalistas estão optando por recomendar a castração ... de preferência antes dos 8 meses de idade.

A ação dos hormônios sexuais dá início a comportamentos que podem continuar mesmo depois da castração, devido ao cão se acostumar a eles.

Do ponto de vista veterinário, a castração é o único meio de evitar a reprodução que previne, ao mesmo tempo, tumores no aparelho reprodutivo, muito comuns nos cães com idade madura e mais avançada. O problema resulta de um processo de multiplicação exagerada de células em órgãos do aparelho reprodutor, estimulado pelos hormônios sexuais.

Castrar a fêmea antes dos 8 meses também é recomendado. Nas cadelas que fazem a cirurgia depois entrar na puberdade, os casos de tumores na mama diminuem, mas não se tornam quase nulos, como acontece quando a castração é precoce.

No Brasil, há veterinários castrando a partir dos 2 meses de idade, costume mais generalizado nos Estados Unidos. As técnicas cirúrgica e anestésica usadas em nosso país permitem realizar a castração precoce com grande segurança. É o caso da anestesia inalatória: o cão dorme sedado, inalando um gás anestésico por um tubo ou máscara. A cirurgia é feita rapidamente, com pequenas incisões – nos machos a operação dura apenas 20 minutos e 40 nas fêmeas, sem precisar de internação.

Nos Estados Unidos, torna-se cada vez mais comum castrar filhotes com apenas 7 ou 8 semanas de vida, já que a recuperação da cirurgia é mais rápida. Elimina-se qualquer chance de gravidez precoce, e a tecnologia permite esse avanço.

Perde adeptos a opção pela castração com cerca de 1 ano de idade, para dar tempo de os hormônios sexuais agirem. Não foram jamais provadas as teorias pelas quais essa estratégia estimularia a hipófise a produzir o hormônio do crescimento, a desenvolver a ossatura e o macho a ganhar massa muscular. Pelo contrário, não é raro ver cães castrados mais desenvolvidos que seus irmãos de ninhada não castrados.

CORRIGINDO COMPORTAMENTOS - A castração ajuda a corrigir comportamentos indesejados, é o que garante um estudo feito em cães machos pelo Veterinary Medical Teachiong Hospital, da Universidade da Califórnia em conjunto com o Small Animal Clinic, da Universidade de Michigan.

Bastou a cirurgia ser feita para, em grande parte dos casos, cessar o comportamento indesejado.

- Fugir – 94% dos casos foram resolvidos, 47% deles rapidamente.

- Montar – 67% dos casos foram resolvidos, 50% deles rapidamente.

- Demarcar território – 50% dos casos foram resolvidos, 20% deles rapidamente.

- Agredir outros machos – 63% dos casos foram resolvidos, 60% deles, rapidamente.


Nos cães castrados, a agressividade por defesa territorial ou por medo não foram alteradas.

Alguns cães ficaram mais calmos e mais carinhosos, mantendo maior proximidade física com os donos, e deixando de encarar qualquer movimento como provocação.


IDÉIAS ERRADAS

“Cão castrado é mais propenso a problemas de saúde.”

FALSO: a probabilidade de pegar doenças não aumenta com a castração. Antes pelo contrário: a retirada de útero e dos ovários, ou testículos, acaba com a possibilidade de infecções e tumores nesses órgãos, e de complicações ligadas à gravidez e ao parto. Sem acasalamentos, as doenças sexualmente transmissíveis deixam de representar risco. Cai a incidência de tumores da mama.

“Acasalar deixa o macho emocionalmente mais estável.”

FALSO: dependendo das disputas, o acasalamento pode até causar instabilidade emocional.

“A fêmea precisa ter crias para manter o equilíbrio emocional.”

FALSO: não há relação entre os dois fatos. O equilíbrio emocional fica completo com a maturidade, que ocorre por volta dos 2 anos nos cães não castrados. Se uma cadela se mostrar mais calma e responsável depois da primeira ninhada, é porque amadureceu devido a ter avançado na idade e não porque se tornou mãe.

“A falta de prática sexual causa sofrimento.”

FALSO: o que leva o cão à iniciativa de acasalar e exclusivamente o instinto de procriar, e não o prazer nem a necessidade afetiva. O sofrimento pode atingir machos não castrados se vivem com fêmeas e não podem cruzar: ficam mais agitados, agressivos, não comem e perdem peso.

“Castrar reduz a agressividade do cão de guarda.”

FALSO: a agressividade necessária para a guarda é determinada pelos instintos territorial e de caça e pelo treinamento, sem ser alterada pela castração.

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Filhotes

Os primeiros meses de vida de um cão, mais que qualquer outro estágio da vida dele são os mais importantes para sua educação. É nessa fase que as regras de conduta e socialização com cães, pessoas e ambientes são mais fáceis de se ensinar e muito mais tranqüilas do cão assimilar.

Durante os primeiros meses ele(a) irá testar bastante os limites entre o que é permitido e o que não é.

Como todo período de educação é preciso muita paciência dos donos com os pequenos deslizes que certamente irão acontecer. Um xixi ou cocô fora do lugar, umas mordiscadas durante as brincadeiras, vasos e plantas mexidos, entre outros acontecimentos. Afinal de contas estão aprendendo!

Costumo brincar com meus amigos que durante a infância os cachorros têm "liberdade assistida". E qual a razão? Simples. Para não perdermos a chance de corrigir os erros que forem acontecer. Lembrem-se: É muito mais fácil lidar com um problema no começo do que tentar consertá-lo quando já virou um "vício".

E por fim o mais importante. Na fase adulta o cão pára de testar coisas novas e usa o conhecimento adquirido para administrar a vida. Se aprendeu formas de burlar regras, vai utilizá-las. Se aprendeu a "dobrar o dono" com um olhar de dó, de pena, vai fazê-lo. Mas se aprendeu boas maneiras e os rituais corretos de conduta, será um cão tranqüílo e equilibrado.

Sejam claros na forma de agir com eles, nas regras, na disciplina, na rotina de gastar energia e na interação. Dedicação é a palavra. Cães tranqüilos, donos felizes!

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Liderança

Olá pessoal! Depois de alguns dias estou voltando aos posts aqui no blog! E para recomeçar com chave de ouro vou retomar o tema Liderança.

Sei que já falei bastante sobre o assunto, mas a cada dia que passa, a cada aula que eu dou, tenho mais certeza de que grande parte dos probleminhas(problemões!) que as pessoas têm com o comportamento de seus cães partem da falta dessa palavrinha.

No dia-a-dia é que temos a grande possibilidade de exercitar a postura e condutas apropriadas com os "fiótes". Uma rotina apropriada mantém a estabilidade dos cães e conseqüentemente o bem-estar do lar.

Para ilustrar melhor o que mantém a estabilidade remeto à fórmula de sucesso do comportamentalista Cesar Millan: exercício, disciplina e carinho, nessa ordem. Essa fórmula é o resultado da análise do modo de vida saudável das alcatéias, que são os grupos de lobos selvagens. Sim! Seu cão é descendente de lobos! Do pequeno pinscher ao grandioso irish wolfhound. E como tal precisa ter uma disciplina "selvagem" para manter a estabilidade. Em outras palavras: Respeite o cão como cão, fornecendo tudo o que ele precisa para se sentir como tal e ele será eternamente grato.

E é aqui que entramos na jogada. Os cães nos consideram membros de seu grupo. Não tem nada de "um bicho que vive entre nós." Somos sim cachorros estranhos. Entender esse conceito é compreender o grande "segredo" para se manter um cão tranqüilo e feliz! E qual o grande lance? Mostrar para eles que entendemos a linguagem deles e principalmente somos líderes. Liderança é postura; é conduzir de forma segura uma caminhada; é mostrar os limites; é recompensar.

Nada de complicado. Mas claro que para funcionar é preciso que exercitemos a liderança diariamente. Sem cansaço, sem "falta de tempo." Ter um cão é responsabilidade! É dedicação! E eles nos agradecem de coração.

Muitas lambidas para vocês!

terça-feira, 9 de setembro de 2008

De volta!

Estou retornando com as postagens aqui no blog! Informações, novidades e muitas curiosidades, como não podia deixar de ser.

sábado, 23 de agosto de 2008

Reformulação

Vou reformular o blog e em breve novo formato. Aguardem!

terça-feira, 12 de agosto de 2008

E a Raiva?

Agosto é considerado o "mês do cachorro louco." Sabem por quê?

Foi escolhido o mês que conincide com o período de maior número de cadelas no cio. Segundo especialistas, esse período fértil de dá por condições climáticas. E o que isso tem a ver? Simples. Quanto maior o número cadelas no cio, maior o número de acidentes de mordedura. E a infecção ocorre por ferimentos provocados pela mordida de cães contaminados com o vírus da raiva. Portanto é o mês em que há um aumento do número de cães contaminados com o vírus da raiva, popularmente conhecidos como "cachorros loucos". Em outras palavras, ou nas mesmas: "Mês do cachorro louco."

E sobre a raiva? Ouvimos falar muito, mas de fato poucas pessoas sabem da gravidade da doença. Segue uma explicação sobre a raiva do Instituto Pasteur, sede da coordenação do Programa de Controle da Raiva do Estado de São Paulo:



O que é a raiva

A raiva é uma doença que acomete mamíferos, e que pode ser transmitida aos homens, sendo portanto, uma zoonose.
É causada por um vírus mortal, tanto para os homens quanto para os animais.
Em alguns países desenvolvidos, a raiva humana está erradicada e a raiva nos animais domésticos está controlada, mas ainda é efetuada vigilância epidemiológica em função dos animais silvestres.
No Brasil, a raiva humana ainda faz vítimas. Mesmo no Estado de São Paulo existem regiões com epizootia (epidemia entre animais), devendo haver, principalmente por parte dos municípios, um melhor desempenho nas atividades de controle da raiva animal.


Descrição da raiva:

- é uma zoonose causada por vírus;

- envolve o sistema nervoso central, levando ao óbito após curta evolução da doença;

- todos os animais mamíferos são suscetíveis à doença;

- a imunidade pode ser adquirida através da vacinação.


O site do Instituto Pasteur tem bastante informação a respeito da raiva. Vale a pena conferir!

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Agressividade

Estou retomando esse assunto depois de muitos comentários ouvidos em vários grupos de discussão. Afinal de contas, os cães são agressivos?

Existe uma confusão enorme quando o senso comum se refere a agressividade canina. Mostrar os dentes é sinal de agressividade? Depende. Morder é sinal de agressividade? Depende também. A interpretação vale para cada um, concordo. Do ponto de vista semântico quando algo ou alguém é agressivo, em essência, quer dizer que é hostil ou ofensivo. Mas existe um problema sério. À essa palavra estão atrelados muito mais desinformação e pontos negativos do que se deveria ter.

Falta de conhecimento. Um cão pode ser hostil? Claro. E ofensivo? Sem dúvida. Mas nem todos os casos são assim. E afirmo que a grande maioria não é. E qual a razão para tanta desinformação? A cultura.

Temos uma cultura que não foca a responsabilidade no trato de animais. Desde crianças aprendemos o que é um pato, um gato, um cachorro. Mas não aprendemos como cuidar, educar, incentivar. Um erro que custa a reputação dos bichinhos.

Com os cães é mais complicado pelo próprio fato deles serem mais próximos do nosso cotidiano. Temos mais representantes dessa espécie no nosso convívio que outras. Mas a desinformação é a mesma.

Uma mudança plausível e possível pode ser feita através da busca de informações. Aprendermos o que é um cão, de onde veio, como aprende, a interação com o humano e nosso papel nesse processo é fundamental para desmistificar essa imagem ruim.

Devemos fazer esses questionamentos: "Quero?", "Posso?" e "Devo?" Ser um dono de cão é ter a responsabilidade por uma vida. Não saber lidar com a situação por falta de informação é dar muita sorte ao azar. Claro que existem muitos casos de proprietários que nunca estudaram e têm cães relativamente obedientes. Aqui deixo claro que ser obediente não é ser estável, tão pouco equilibrado. Porém não tem consciência da razão para tanto. Conhecer as maneiras de lidar com um animal de estimação é respeitá-lo como ele é.

Voltando a agressividade. Se soubermos como funciona a cabeça de um cão saberemos educá-lo. Saberemos "ler" o que eles nos mostram. Evitamos assim falhas de interpretação e, principalmente, situações desagradáveis com amigos, conhecidos e desconhecidos.

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Sobre lobos e cães

Os lobos são os ancestrais vivos dos nossos cães. Saber um pouco da história deles é descobrir as raízes do nosso grande amigo!

LOBO - Wikipédia

Esse é um link para um histórico do Cannis lupus, ou lobo cinzento, no Wikipédia. As informações ainda estão boas e confiáveis. Podemos navegar e nos deliciar com o conteúdo!

terça-feira, 29 de julho de 2008

Afinal, qual é o problema?

Algumas pessoas se perguntam: Quando sei que estou tendo problemas com meu cão? Quando devo procurar a ajuda de um profissional?

Cabe a cada proprietário(a) responder a essa pergunta, pois os limites e a permissividade variam muito de pessoa para pessoa. O que incomoda um não incomoda outro.

Mas caso você se sinta incomodado(a) com a sua convivência humano/cão, observe as perguntas abaixo:

- Você não consegue receber mais visitas ou as pessoas evitam ir à sua casa?
- Seu cão "não permite" que outras pessoas sentem no sofá?
- Ele te leva para passear, e não o contrário?
- Você manda e ele não obedece?
- Você está fazendo carinho e sem mais nem menos ele te ataca?
- Ele manda na casa?
- Seu totó é muito mal educado e está enlouquecendo você?

Estas são perguntas que sinalizam problemas de comportamento. Caso você perceba algum ou alguns destes pontos recomendo que busque o auxílio de um comportamentalista animal, terapêuta canino ou psicólogo. Ter um cão não é ter um problema. Afinal de contas ele deve trazer alegria para o lar e não transformar a casa em um hospício.

terça-feira, 22 de julho de 2008

Sensações

Já pararam para pensar em como sentir é importante para nosso dia-a-dia? Sentir os cheiros, as cores, as formas, as texturas, os gostos, os sons...

Esses dias me perguntaram sobre cães que surtavam quando saiam de casa. Verdadeiros alucinados por postes, matinhos ou qualquer coisa que estivesse ao alcance de seus focinhos. Pois bem. Uma das possíveis e prováveis explicações para a situação enlouquecedora e descontrolada é a falta de socialização. O que isso quer dizer? Simples. Que o seu cão tem pouco acesso à interação com novos ambientes, pessoas e outros animais. Por isso reagem de forma descontrolada. Querem aproveitar ao máximo o momento. E sem controle seu cão pode ser uma ameaça para você, para os outros e para eles mesmo.

Para nós a primeira impressão que temos de novas situações é visual. A forma, as linhas, contornos e cores. É assim que conhecemos algo novo. É assim que sabemos se estamos seguros ou não.

Para os cães é diferente. Eles conhecem o mundo pelo cheiro. Os odores dizem tudo! Na linguagem deles claro. E principalmente o que é importante para o bem-estar.
Com uma fungada eles sabem quem somos. Se eles falassem, com uma cheirada poderiam dizer por onde andamos, o que comemos, quantos animais acariciamos, quem cumprimentamos... Maluco assim!

Sinta-se na pele deles e perceba como é importante esse sentido. O poste mostra para eles quantos cachorros passaram por ali. O cheiro das fezes diz se um outro cão tem uma melhor alimentação. Pelas orelhas sabem o sexo do outro cão. O cheiro do cio é sentido à grandes distâncias...

Imagine-se trancado em um quarto monocromático por horas, sem que haja qualquer estímulo sensorial diferente. A única permissão para sair é daquela uma hora diária. Nesses 60 minutos você tem acesso a um mundo colorido, cheio de estímulos visuais. Agora estenda essa situação por dias, meses, anos. Aqui você terá uma leve noção de como funciona a cabeça de um cão que tem pouco contato com o mundo. Uma vez que eles conhecem tudo pelo cheiro, entendeu agora por que eles saem desesperados na rua, cheirando tudo o que podem em um rítmo frenético?

Socialização. A melhor maneira de manter um cão saudável e tranqüilo.

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Rações

Aqui estão alguns links das empresas comerciais que produzem rações. Neles encontramos a composição dos alimentos e algumas curiosidades. É interessante analisar o diferencial de cada uma.

Vale a pena dar uma olhada!


PURINA - WWW.PURINA.COM.BR

EUKANUBA - WWW.EUKANUBA.COM

ROYAL CANIN - WWW.ROYALCANIN.COM.BR

PEDIGREE - WWW.PEDIGREE.COM.BR

GUABI - WWW.GUABI.COM.BR

PREMIER PET - WWW.PREMIERPET.COM.BR

TOTAL ALIMENTOS - WWW.TOTALALIMENTOS.COM.BR

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Dicas - Paciência

Parece brincadeira mas não é! Paciência é o segredo da relação tranqüila com seu cãozinho. Todos nós levamos um tempo para assimilar lições e ensinamentos. Com os cães não é diferente. Claro que o tempo de aprendizado varia para cada indivíduo, mas em essência todos precisam de um período de adaptação.

Sei que é difícil exercitar isso, mas existem hoje muitas formas de fortalecer a nossa concentração: artes marciais, dança, esportes, leitura, yoga, meditação, jardinagem, música, artes cênicas...

Experimente! É bom para você, é bom para seu cão!

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Cães bravos

Ultimamente temos vivido uma verdadeira caça às bruxas quando o assunto é cachorro bravo. No topo da lista estão os "pitbulls", cães demonizados por toda uma sociedade. Aqueles seres horripilantes que aparecem em dramatizações baratas feitas pelos sensacionalistas de plantão.

Mas e a verdade por trás da natureza dos ataques? E a manipulação das informações que chegam até nós? E a falta de abordagem sobre os donos, verdadeiros responsáveis pelos acidentes fatais? E os milhares de ataques, mordidas e machucados realizados pelas outras tantas raças? E a omissão dos números que apontam as raças pequenas como os grandes vilões nos acidentes com mordida? É fato que cães de raças de rinha ou grande porte têm de ter uma educação especial e um treinamento diferenciado, mas porquê não abordar a verdadeira razão desses acontecimentos?

Não quero encaminhar o assunto para uma discussão técnica sobre violência e mordidas, mesmo porque é fato que pessoas foram atacadas e até vieram a falecer. O que quero apontar é o foco do problema. Donos despreparados, proprietários sem responsabilidade. A falta de preparo e de postura é que levam a estes acidentes sérios.

Entender a mente de um cão respeitando os seus limites é fundamental para manter o controle da situação. Respeitar o cachorro como ele é e não como um pequeno humano é a primeira coisa que devemos pensar. E principalmente não reforçar comportamentos que possam levar a um acidente! Como exemplos: Cabo de guerra e brincadeiras de morder.

Na maioria dos casos de ataque ouvimos histórias de cães que eram "muito dóceis", mas que surtaram. Bom, quando nos sentimos intimidados temos três opções: Fugir, paralizar ou contra-atacar. E com os cães fica muito evidente isso. Na maioria dos casos temos cães tranqüilos, "na deles". Em certo momento alguém ou alguma coisa os incomoda, gerando um estado de atenção, medo ou pânico. Se encontrar cães que não se sentem a vontade com contatos, pessoas correndo atrás ou cães, procure deixá-los na deles. É mais saudável para todos.

Em outra categoria temos os cães dominantes, aqueles que não se intimidam. Nesses casos devemos ter uma atenção especial, pois um ataque deles pode ser mais perigoso.

Cães dominantes, como falei anteriormente, são aqueles que tomam conta das situações do cotiadiano, por conta da falta de estabilidade ou postura do dono. Puxam no passeio, latem para visitas, mordem, chamam para brincadeira, tomam a sua frente quando você vai em direção à algum objeto ou pessoa e etc.

Cães que tomam a postura de dominantes assim o fazem pelo simples fato de manter a segurança do grupo. Simples assim. Viver ou morrer. Sobrevivência. Donos sem postura, cães confusos. Para não existir confusão, alguém precisa "arrumar a casa". Entender como funciona a cabeça deles é fundamental.

Busque informações, reflita, mude suas atitudes, antecipe as ações dos cães e principalmente respeite eles como são: cães.

terça-feira, 8 de julho de 2008

Férias de julho

Chegaram as férias escolares do meio de ano! Que delícia! Um mês aproveitando para descansar. Mas e o totó?

Fiz algumas recomendações para as férias de verão que valem também para as férias de inverno. Vejam a seguir:

Dicas básicas para hospedagem de cães.

Recomendações de final de ano.

Boas férias!

segunda-feira, 30 de junho de 2008

Banho e tosa sobre rodas

Hoje temos vários serviços sendo oferecidos sobre 4 rodas. Banho e tosa também. Não é novidade, mas em um formato grande e com presença em vários países é.

Navegando pelos sites encontrei essa empresa que presta o serviço de banho e tosa móvel. A Aussie Pet Mobile está presente em vários países e parece ser uma alternativa bacana para donos de cães e gatos.

Uma sala de banho e grooming apertadinha. Como curiosidade vale a pena conferir!

Site em inglês.

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Campanha de adoção

Campanha "Adote Um Amigo" - 2008


O CCZ vai promover no próximo dia 28 de junho uma campanha de adoção de cães e gatos. Para você que quer um amiguinho, é uma opção bem bacana.

Local: Centro de Controle de Zoonoses (CCZ)
Endereço: Rua Santa Eulália, 86, Santana
Telefone de informações: 2224-5500
Data: 28/06/2008, sábado
Horário: das 9 às 15h