segunda-feira, 16 de julho de 2012

Animais e condomínio


Este é um assunto que causa grande preocupação para os donos de animais, especialmente cães.

Existem normas internas nos condomínios, decididas em assembléia e aprovadas pelos condôminos que devem ser seguidas com a finalidade única e exclusiva de uma boa convivência entre os moradores. Porém, têm ocorrido alguns abusos por parte de condomínios e condôminos, o que causam algumas situações chatas.

Por um lado condôminos que lutam por seu direito de ter um animal de estimação. Do outro lado condomínios que defendem a aplicação das normas estabelecidas. Até aí nada de mais. Os problemas começam quando se ultrapassa os limites do razoável. Condomínios impondo multas e limitações inapropriadas. As proibições mais comuns são com relação ao porte e acessos dos cães.

Eu defendo a convivência em harmonia. Independente da raça, porte e temperamento do cachorrinho. O mais importante é a compatibilidade entre ele e seu dono. Desde que haja a possibilidade de oferecer o necessário para o seu cão permanecer equilibrado, não há motivo para deixar de ter um cachorro em apartamento. E quando falo o necessário, me refiro às dinâmicas de gasto de energia física e mental, fundamentais para o bem estar da casa.

O direito de ter um animal de estimação é garantido pela lei!

Fiz um levantamento de informações e consultei alguns advogados sobre essa questão. A seguir estão os principais pontos.

A Constituição Federal e o Código Civil garantem ao indivíduo o direito de desfrutar livremente de sua unidade condominial e áreas comuns desde que não represente ameaça a segurança, ao sossego e à saúde dos demais condôminos.

Na cidade de São Paulo a base legal é a Lei Municipal n.º 13.131/2001 e seu Decreto Regulamentador n.º 41.685/2002 que disciplina a criação, propriedade, posse, guarda, uso e transporte de cães e gatos.

Existem muitos casos em que multas são aplicadas com a desculpa de constarem em normas pré-estabelecidas, mas ferem o direito maior do cidadão. Ferem a Constituição!

É importante esclarecer que o melhor é uma boa conversa para resolver de forma razoável a situação. Participar das assembléias é fundamental para defender o direito de ter um animal de estimação. Caso haja insistência nas proibições exageradas recomendo buscar a orientação de um advogado.

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